Quem pensas tú que és,
para me dizeres o que fazer,
o que pensar, se chorar ou não.
Quem julgas ser,
que tens a tua balança nas mãos,
para julgar o que sinto, o que penso, o que sou.
O que esta bem ou mal,
o que é ou o que será.
Quem pensas tu que és,
que dizes como me tenho de sentir.
Se nunca sofres-te o que eu sofri,
porque tão só eu sei o que me dói, o que me magoa.
È fácil abrir a boca e dizer lamices, ideias, procedimentos.
Que lindo o que dizes para fazer,
quando jamais soubeste o que significa a dor.
Alguma vez, sentiste o coração ser rasgado com uma faca,
enquanto quem amas só atropelas tuas ideias.
Alguma vez, repetidamente as noites foram abismos intermináveis?
Alguma vez, te sentiste lixo?
Não, pois não...então deixa para lá a tua cátedra da vida.
que piano sem pianista, é musica estridente.
que mar sem agua não é praia.
Vacuas palavras, sem vivência, são apenas isso...palavras.
Só eu sei o que sinto, que o tempo me ensine a abrir caminhos é uma coisa.
Más jamais conheci alguém que o tempo tenha brindado esquecimento.
Quem julgas tu que és,
que nunca foste capaz de intuir o meu olhar apagado.
Porque jamais ficaste no meio da escuridão.
o meu sorriso vazio, a minha solidão minha única companhia.
Porque jamais chegaste a casa e ninguém a tua espera.
Quem pensas que és..
quando julgas saber o que devo fazer.
e jamais sentiste o que significa perder.
Cada dor é única, cada ser respira seu único ar,
ninguém respira o ar de outro.
Permite então dizer-te faz-me sorrir,
faz-me ver o céu,
apenas arrastra-me e envolve-me
impregna-me da tua energia, da tua alegria